Entra ano e passa ano, gestores são eleitos a cada biênio, mas a forma de administrar é de tratar sua principal força de trabalho, os servidores não magistrados, não se modifica, – o autoritarismo continua imperando. Principalmente quando se trata de
recomposição salarial, majoração de auxílio, ou seja, tudo que envolve direito dos trabalhadores.
- Vejam, passados 30 dias da reunião com as entidades de classes representativas, até o momento a presidência do maior Tribunal do Mundo, em relação a quantidade de processos, sequer se pronuncia quanto aos pleitos da categoria, em especial aos itens prioritários. Ou alguém acredita que ele não sabe da disponibilidade financeira do orçamento que ele negociou com o Governo?
- Nas reuniões, falamos e defendemos dentro do possível e do permitido, uma vez que para essas discussões, para alguns não tem qualquer importância, mas para aqueles que trabalham, as mesmas são indispensáveis e diferentemente de como os gestores a tratam, as discussões deveriam ser ampliadas. Aliás, envolvem direito de 70.000 servidores, 70.000 famílias esperam ano a ano que seus direitos, assegurados pela Carta da República sejam respeitados, ainda mais em se tratando por quem administra o maior Tribunal do Mundo, – magistrados.
- É realmente muito triste ser e ver 70.000 trabalhadores e respectivas famílias tratados dessa forma, – autoritária, ante a ausência de discussões.
- Nem mesmo a União, pela dimensão dos problemas que existem, trata a classe trabalhadora, aposentados, pensionistas e servidores civis e militares dessa forma. As discussões sobre os reajustes do salário mínimo e demais salários são amplas e públicas, como aliás deve ser.
- Cremos que nem mesmo a União arrecada o que o maior Tribunal do Mundo arrecada em um Fundo Especial de Despesas. E o mais interessante, em relação a essa milionária fonte de receita, – a arrecadação se dá sem que o órgão beneficiário derrame “uma gota de suor”, diferentemente do trabalhador que se dedica ao máximo, – de corpo e alma, trabalhando não raras vezes a exaustão.
- Na reunião de 28 de fevereiro último, o gestor foi lembrado e cobrado do seu verdadeiro papel, em especial quanto a necessidade de melhor negociar o orçamento, pois ali envolve direitos de terceiros cabendo somente a estes o direito de declinarem valores, ainda mais sabendo da enorme arrecadação do Poder Executivo, ocasionando uma imensurável folga fiscal e orçamentária.

