Judiciários Estaduais deliberam por Greve Sanitária em Defesa da Vida

24, julho 2020.

Em assembleia virtual, fato inédito até então, entidades e servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo deliberaram por 306 votos favoráveis a 32 contra pela greve sanitária (recusa ao trabalho em condições inseguras) e não retorno das atividades presenciais no próximo dia 27 de julho, segunda-feira próxima.
 
A deflagração da greve é a única forma de proteger os servidores que não se sentem seguros para retornar ao trabalho presencial neste momento.
 
Segundo o que vem sendo amplamente divulgado pelo próprio Tribunal de Justiça, nos últimos 120 dias foram praticados mais de 10 milhões de atos processuais, dentre eles mais de um milhão de sentenças de primeiro grau.
 
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, maior Corte da América Latina, disponibiliza aos jurisdicionados Paulistas plataformas que permite que até mesmo processos físicos tenham andamento, via instauração de processo digital provisório.  Ou seja, nada justifica, neste momento, expor em risco a vida e a saúde tanto dos servidores como daqueles que vierem a frequentar os cerca de 700 prédios de fóruns existentes no Estado; além de seus familiares.
 
Somado a isso, a excelência dos serviços que vem sendo prestados pelo trabalho remoto, dirigentes da ASSOJURIS, em síntese, defenderam não haver espaço para experimento; além do que há noticias que, menos de um dia útil para o início dos trabalhos presenciais, mesmo que parcial, ou seja, com número reduzido de servidores, magistrados e colaboradores,  existem Comarcas que sequer possuem os equipamentos e material básico necessário à segurança de todos.
 
Representante do SINDJUSTIÇA-RJ, Jose Carlos Arruda, prestigiou o ato compartilhando experiência em face da recente greve deflagrada no Estado Rio, pelos mesmos motivos, quer seja, a defesa da vida.