O MIT (Massachusetts Institute of Technology) divulgou um áudio um tanto intrigante: a representação de um buraco negro devorando uma estrela em órbita. Para criar o som foram utilizados os ecos de luz de raio-X, que são emitidos quando o buraco negro puxa o gás e a poeira do astro. O vídeo de 13 segundos desperta a curiosidade de como os misteriosos corpos celestes atuam.
O estudo publicado no Astrophysical Journal, e divulgado no site oficial do Instituto na última segunda-feira (2), traz mais um avanço no conhecimento sobre estes fenômenos. E essas descobertas podem ajudar a desvendar como os buracos negros supermassivos podem moldar a formação de galáxias inteiras ao ejetar partículas cósmicas.
Sabe-se que esse tipo de corpo celeste funciona como um poço gravitacional imensamente forte do espaço-tempo. Quem assistiu ao filme Interestelar, longa-metragem com tema aeroespacial lançado em 2014, tem uma visão cinematográfica da reluzente Gargantua, buraco negro do filme. Mas, segundo o MIT, esses corpos celestes são essencialmente escuros.
E seus arredores extremos ficam iluminados apenas quando engolem uma estrela. É nesse momento que o buraco negro puxa gás e poeira do astro em órbita e pode emitir rajadas intensas de luz de raio-X.
Como o som é possível?
O projeto aproxima pessoas dessas curiosas movimentações cósmicas e torna possível ouvir o que seria o “som de um buraco negro”. Claro que a anos-luz de distância, o som não foi diretamente captado. Se trata de uma simulação que usa esse mesmo eco de raio-X, causado ao engolir uma estrela, convertido em ondas sonoras audíveis.
A iniciativa é liderada por Erin Kara – co-autora do artigo e professora do MIT – em conjunto com estudiosos de educação e música do MIT, Kyle Keane e Ian Condry.
Está curioso? Então vale a pena ouvir:
https://www.youtube.com/watch?v=iIeIag2Ji8k&t=13s
Para entender as movimentações mostradas no vídeo, saiba que o círculo branco central indica a localização do horizonte de eventos do buraco negro. Já os ecos de luz são codificados por cores na sua frequência observada.
A simulação usa a luz de frequência mais baixa para corresponder a um som de tom mais baixo (ou seja, mais grave).
FONTE: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2022/05/03/ouca-ecos-raio-x-buraco-negro.htm

