Mitos e verdades sobre a coruja: os 5 fatos sobre essa ave crucial para a biodiversidade na Terra

16, agosto 2024.

Mitos e lendas relacionadas às corujas costumam associar esse animal à falta de sorte ou a perigos noturnos. Essa ideia do senso comum acaba por prejudicar o real conhecimento sobre a espécie de ave, que vive em praticamente todos os continentes do mundo, inclusive em ilhas oceânicas. Só não existem na Antártida, detalha a Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido).

As corujas também têm uma efeméride criada para chamar a atenção para sua proteção: trata-se do Dia Internacional da Conscientização pelas Corujas, comemorado em 4 de agosto.

O animal tem características bastante peculiares, como a preferência por movimentar-se durante as madrugadas, o som característico que emite na escuridão e uma alimentação variada que inclui até insetos. A seguir, descubra cinco fatos sobre a coruja que podem surpreender.

1. Silenciosa e precisa na caça, a coruja já foi considerada símbolo de inteligência
No mundo antigo, a coruja era considerada a ave eleita por Atena, a deusa grega da razão e conhecimento, explica a Britannica. Essa ligação ajudou a trazer para para o animal uma aura simbolizar a inteligência e ter a capacidade de pressagiar acontecimentos. Parte dessas crenças podem estar relacionadas à aguçada capacidade de visão noturna da ave e de seus movimentos silenciosos, incluindo o voo, diz a plataforma online.

Isso impacta inclusive no estudo científico das corujas, explica a Britannica: “sua atividade noturna e silenciosa faz com que a ecologia, o comportamento e a taxonomia de muitas espécies permaneçam pouco compreendidos”.

2. As corujas são aves de rapina, tal como as águias
As aves de rapina são caracterizadas por possuírem garras afiadas e bicos curvos, os quais usam para caçar, matar e comer outros animais, como explica a Owl Research Institute, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo e proteção das corujas. A definição coloca as corujas ao lado de outras espécies como águias, gaviões, falcões, e até abutres e urubus, conta a plataforma online da instituição.

No entanto, a entidade destaca que existem grandes diferenças entre as corujas e essas outras aves. “A maioria das corujas têm cabeças enormes, corpos atarracados, penas macias, caudas curtas e um dedo do pé reversível que pode apontar para frente ou para trás”, explica a entidade.

Além disso, os olhos das corujas são voltados para frente, detalha a Owl Research Institute – tal como acontece com a fisionomia dos humanos, o que também explica parte do poder de atração da espécie para as lendas que surgem sobre ela.

3. A maioria das corujas é ativa à noite, mas elas não tem nada de sobrenatural
Por outro lado, devido à sua existência majoritariamente noturna e por vocalizar um pio ou canto em frequência distintamente baixa, as corujas acabam sendo associadas ao oculto e ao sobrenatural, explicam tanto a Encyclopedia Britannica quando o Owl Research Institute.

“Seus hábitos secretos, seu voo silencioso e seus chamados assombrosos fizeram das corujas objetos de superstição e até mesmo de medo em muitas partes do mundo”.

Crendices à parte, os sons que podem ser considerados agourentos por muitos, na verdade percorrem longas distâncias “sem serem absorvidos pela vegetação”, diz a instituição de defesa das corujas. Esses cantos e vocalizações ajudam a identificar as espécies do animal, completa a fonte.

4. Existem cerca de 250 espécies de corujas no mundo
As corujas pertencem a um grupo de aves chamado Strigiformes e que é dividido em dois grupos menores – as famílias Tytonidae e Strigidae.

“A família Tytonidae inclui as corujas-das-torres, que têm o rosto em forma de coração. Já a Strigidae inclui todas as outras corujas, a maioria das quais tem faces redondas”, explica a instituição que estuda o animal.

O tamanho médio das corujas se assemelha ao dos falcões, tendo cerca de 13 a 70 centímetros de comprimento e envergadura entre 0,3 e 2 metros. “A maioria das espécies de corujas está na extremidade inferior da faixa de tamanho”, detalha a Britannica. Ou seja, são aves pequenas.

5. A ampla dieta alimentar das corujas faz dessas aves essenciais ao meio ambiente
As corujas costumam se alimentar de mamíferos pequenos, como roedores, que são suas presas mais comuns. Mas podem comer também sapos, lagartos, cobras, peixes, coelhos, pássaros, esquilos e outras criaturas, como até mesmo insetos, diz a instituição.

“Ocasionalmente, as corujas de chifre grande podem até achar os gambás saborosos o suficiente para comê-los. Algumas corujas, como a coruja flamulada, comem insetos quase que exclusivamente”, conta a fonte especializada.

Além disso, as corujas caçam de várias maneiras, diz a fonte. E uma das técnicas preferidas é chamada de “empoleirar e atacar”. “Nesse método, as corujas se empoleiram confortavelmente até avistarem a presa e, em seguida, deslizam sobre ela. Outra abordagem de caça, chamada de voo de esquartejamento, consiste em procurar a presa durante o voo, como utilizado pela coruja-das-torres”.

No que se refere aos momentos de descanso das corujas, as espécies crepusculares (ou seja, que ficam ativas durante o crepúsculo até o amanhecer) ficam inertes durante o dia. O inverso ocorre no caso das poucas corujas que são diurnas para ir atrás de alimento e usam a noite para descansar, finaliza a organização dedicada ao animal.

Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2024/07/tubaroes-da-costa-do-brasil-sao-encontrados-com-cocaina-em-seus-corpos-como-isso-aconteceu
imagem pixabay